quinta-feira, 15 de julho de 2010

JESUS COMO A ÁGUA DA VIDA (João Cap. 7)

TUDO ACONTECEU NUMA FESTA
Agora,  no capítulo 7  de João, nos movemos para  o período de conflito. Os líderes judeus viram os sinais de Cristo e ouviram seus sermões. Agora, começam a opor-se a ele. Examine estes versículos a fim de ver a oposição deles: 7.1, 19, 23, 30, 32, 44; 8.6, 37, 48, 59; 9.22, 34; 10.20, 31-33, 39; 11.8, 16, 46-57; 12.10.

I. Antes da festa: DÚVIDA (7.1-9)
No 15° dia do sétimo mês (set-out), realizava-se a Festa dos Tabernáculos, que durava oito dias (Veja Lev. 23.34-44, Deut. 16.13-16 e Núm. 29.12-40). Ela era uma rememoração do tempo em que Israel viveu em tendas no tempo em que vagueou pelo deserto. Ex. 23.16 indica que também era uma festa da colheita. Ela era uma das três festas a que os homens judeus tinham de comparecer todos os anos (Deut. 16.16).

Os “irmãos” de Cristo são seus meios-irmãos e meias-irmãs, os filhos de Maria e José. Jesus era o “primogênito” de Maria (Lc. 2.7), o que indica que ela teve outros filhos; veja também Mat. 13.55-56 e Mc. 3.31-35. Algumas pessoas que tentam defender a doutrina da virgindade perpétua de Maria dizem que esses são “primos” do Senhor, no entanto seus irmãos nunca foram designados dessa forma. Nessa época, os irmãos de Cristo não acreditavam nele, embora Atos 1.14 indique que após sua ressurreição eles o receberam. Salmos 69.8-9 predisse a descrença deles e é outra prova de que Maria teve outros filhos.

Cristo vivia de acordo com o cronograma que Deus estabelecera para sua vida. A pessoa não-salva pode ir e vir de acordo com sua vontade, mas todo filho de Deus tem de seguir a orientação do Senhor. Como é triste que os irmãos de Cristo o deixaram para trás a fim de comparecer a uma festa religiosa!

II. No meio da festa: DEBATE (7.10-36)
A alimentação dos 5 mil e a cura do paralítico (5.1-9); veja 7.23) suscitou o interesse da multidão. Os judeus disseram que Jesus não era de Deus porque curou o homem no sábado. Eles disseram que ele era possuído pelo demônio (v.20) e até falaram de matá-lo, todavia ainda não chegara a hora de Deus (v. 30). Os judeus abordam cinco tópicos diferentes quando discutem a respeito de Jesus na festa.

A. Seu caráter (vv. 10-13) - Alguns o chamam de “bom”; outros, de enganador. Por que eles estavam confusos? Porque temiam os líderes judeus. Salmos 29.25 adverte: “Quem teme ao homem arma ciladas”. O caráter de Cristo era tão imaculado que eles, quando finalmente o prenderam, tiveram de arrumar falsas testemunhas para falar contra ele. Pilatos, Judas e até o soldado romano declararam a inculpabilidade dele.

B. Sua doutrina (vv. 14-18) - Os judeus surpreendiam-se com o conhecimento espiritual de Cristo, pois ele nunca freqüentara a escola deles nem estudara com um rabi. A instrução é uma bênção, mas é melhor ser ensinado por Deus que tomar emprestadas idéias dos homens. A doutrina de Cristo vem de Deus; os ensinamentos dos homens vêm da mente humana, bastante turva. Paulo adverte em relação ao que é falsamente chamado de “saber (ciência)” (I Tm 6.20; veja também Cl 2.8). Poderíamos ler João 7.17 desta maneira: “Se alguém quiser fazer a minha vontade (...)”. O segredo para aprender a verdade de Deus é a disposição para a obediência. Medite que: “A obediência é o órgão do conhecimento espiritual”.

C. Suas obras (vv. 19-24) - Eles tentam defender a Lei ao acusá-lo de trabalhar no sábado, contudo ele lhes mostra que o desejo de matá-lo se opõe à Lei que veneram. Como as pessoas que se opõe a Cristo e rejeitam sua Palavra são contraditórias! Um homem pode ser circuncidado no sábado, mas não curado! Eles, como muitos hoje, eram superficiais e julgavam pela aparência, não pela verdade.

D. Sua origem (vv. 25-31) - Os vrs 27 e 42 não se contradizem. Os judeus sabiam onde o Messias nasceria e também que seria um nascimento sobrenatural (Is. 7.14). Em outras palavras, eles não sabiam de onde ele era (veja v. 28). O registro afirma que Cristo nasceu da virgem Maria , mas os judeus não acreditam nisso. João 8.41 sugere que eles acusam Jesus de ter nascido em pecado; talvez as pessoas dissessem isso por causa da condição de Maria antes de casar-se com José. Nos vrs. 28-29 Cristo afirma que foi enviado pelo Pai e que se eles conhecessem o Pai conheceriam o Filho.

E. Seu aviso (vv. 32-36) - O “pouco de tempo” de que Cristo falou durou seis meses. É importante que as pessoas busquem o Senhor “enquanto se pode achar” (Is. 55.6). Muitos pecadores perdidos que rejeitam a Cristo hoje não o encontrarão quando o procurarem amanhã (Pv. 1.24-28). Os judeus ignoravam as verdades espirituais e pensaram que ele falava sobre ir aos judeus dispersos entre as nações. Eles não podiam conhecer a verdade porque não estavam dispostos a lhe obedecer. Eles discutiram com Cristo e perderam a alma.

III. O último dia da festa: DIVISÃO (7.37-53)
O sétimo dia da festa era um grande dia de celebração. (O oitavo dia era de “santa convocação” – Lv. 23.36; veja Núm. 29.35). Durante a festa, toda manhã na hora do sacrifício, os sacerdotes deviam pegar água no tanque de Siloé em um vaso de ouro e derramá-la no templo. Isso comemorava o fenomenal suprimento de água que Deus dera aos judeus no deserto. O sétimo dia era o ponto culminante da festa e era conhecimento como “O grande hosana”. Não precisamos de muita imaginação para fazer uma idéia do que aconteceu quando Jesus exclamou: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (v. 37), no momento em que os sacerdotes derramavam a água. Cristo é a Rocha da qual fluem as águas (Êx. 17.1-7; 1 Co 10.4). Ele foi pregado na cruz para que o Espírito da vida pudesse salvar e saciar os pecadores sedentos. Na Bíblia, a água usada para limpeza simboliza a Palavra de Deus (Jo 13.1-17; 15.3); a água para beber representa o Espírito Santo (Jo. 7.37-38).

As pessoas discutiram e se dividiram a respeito do assunto, em vez de aceitar o gracioso convite dele para que fossem a ele. Alguns creram nele, outros o rejeitaram. (Veja Mt. 10.31-39 e Lc 12.51-52). Os soldados não o podiam prender, porque as palavras dele cativaram o coração deles (v. 46). Os líderes judeus, ao rejeitar Cristo, fecharam a porta da salvação para os que seguiam o mau exemplo deles (Mt. 23.13).

Mais uma vez, Nicodemos entra em cena e, agora, defende os direitos legais de Cristo. Em João 3, ele estava nas trevas da confusão, mas aqui ele vivencia a aurora da convicção e quer dar uma oportunidade justa a Cristo. Nicodemos aprendeu a verdade, porque o segredo para aprender a verdade de Deus é a disposição em obedecer à Palavra (v. 17). Em João 19, vemos Nicodemos à luz da confissão identificando-se abertamente com Cristo. Como ele tomou essa decisão? Ele estudou a Palavra e pediu que Deus o ensinasse. As autoridades disseram-lhe: “Examina e verás”, e ele fez exatamente isso. Qualquer pessoa que leia a Palavra e lhe obedeça move-se das trevas para a luz maravilhosa de Deus.

Pr. Gualter Guedes

3 comentários:

  1. Caro Pr. Gualter,

    A Paz!

    Parabéns pelo blog, pelo texto e por sua participação no evento na igreja do Pasto Flávio Constantino.

    Acabei de corrigir um erro lamentável: estou indicando seu blog entre os recomendáveis no meu blog (coisa que já deveria ter feito anteriormente)!

    Deus abençoe sua vida, sua casa e o ministério que lhe confiou!

    Forte Abraço.
    No Amor de Cristo!

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  2. Meu irmão e chará Pr. Guedes.. Obrigado pelo seu carinho. Estou retribuindo a benção impetrada pelo irmão á minha família e meu ministério. Continuemos na luta em defesa da casa do nosso Deus e Senhor. Prossigamos em alcançar o alvo que é Cristo Jesus nosso salvador e vivamos uma vida cheia do Santo Espírito de Deus nosso Consolador e Amigo Fiel.

    Um abraço

    Pr. GG

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  3. Meu querido e grande fico muito grata a Deus por ter nos encontrado de novo e podermos compartilhar das grandezas de Deus em nossas vidas... Hoje eu (diaconisa) e meu esposo ( diácono),lembra??? O Moisés!!! Então congregando lá em São Gonçalo, Arsenal, na Comunidade Evangélica Cristã em Arsenal... Poxa, estou imensamente feliz!!! Um grande abraço em todos os meninos e na sua esposa...

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