quarta-feira, 30 de setembro de 2009

SUPORTANDO A TRIBULAÇÃO

A TRIBULAÇÃO NÃO É ALGO QUE SEJA AUSENTE DA VIDA DO CRISTÃO (JOÃO 16.33)

I – ESCOLA DA TRIBULAÇÃO
A palavra “Tribulação” é latina. Vem de “tribulum”, palavra que designa um instrumento agrícola que era usado para desterroar, o rastelo, que servia para o lavrador romano separar a espiga da sua palha. A palavra latina, portanto, é bem elucidativa, pois nos mostra uma realidade espiritual: a tribulação embora possa ferir e esmagar, purifica e torna mais excelente.
No AT, as palavras usadas para tribulação significam “aflição”, “estreiteza”, que tem o significado nosso de “angústia”, ou seja, uma sensação de aperto, de diminuição de alternativas, de oportunidades. A tribulação é um instante em que se sente a fragilidade do ser humano e como não temos nós o controle sobre o que acontece no mundo e como dependemos única e exclusivamente de Deus.
No NT, as palavras usadas para tribulação significam “pressão”, “opressão”, ou seja, a tribulação traz-nos a idéia de que estamos sob pressão, que há forças que não controlamos e que estão sobre nós. Neste instante, também temos a idéia, já presente no AT, que, na tribulação, notamos a nossa fragilidade.
A tribulação, como se vê, portanto, tem um aspecto espiritual positivo, importante, diríamos mesmo indispensáveis para a vida do cristão, pois, por ela, alcançamos o aperfeiçoamento espiritual, que é um dos objetivos que o Senhor quer que alcancemos enquanto estamos neste mundo (Ef. 4.12).

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL DO CRENTE – RM 5.1-5
A) SALVAÇÃO – justificação pela fé – paz com Deus – Rm 5.1
                           – gera esperança da glória de Deus – Rm 5.2
B) TRIBULAÇÃO – Rm 5.3
C) PACIÊNCIA – Rm 5.3,4
D) EXPERIÊNCIA – Rm 5.4
E) ESPERANÇA – Rm 5.4,5

FINALIDADES DA TRIBULAÇÃO – At. 14,22
A) Levar-nos a glorificar o nome do Senhor - Jo 17.1,4
B) Fazer-nos voltar às coisas que, realmente, têm interesse nesta vida – Hb 10.34
C) Fazer-nos conhecer a nossa estrutura espiritual – Sl 103,14; 139.23,24
D) Passarmos a ter uma relação mais profunda com o Senhor – Gl 5.22
E) Surgir uma firmeza na vida do crente – Sl 125.1
F) Iniciar um processo de purificação do crente – o “fogo purificador” – Is 43.2
G) Ensinar-nos a obediência – Hb 5.8b
H) Produzir a paciência – Rm 5.3

Paciência – qualidade do caráter cristão, o chamado “fruto do Espírito” – Gl 5.22
Paciência – Paz + ciência
A paciência nos dá condições de suportarmos a tribulação – I Co 10.13
Paciência não é falta de iniciativa, passividade ou inércia – Sl 40.1,5
Paciência gera a experiência – Rm 5.4
Experiência quer dizer “prova judicial”, “prova utilizada para a comprovação de um fato”
A experiência torna o crente uma referência para os outros – Lc 23.47
Um cristão deve ter experiências genuínas com o Senhor para que possa cumprir sua missão, dar frutos permanentes e ajudar as demais pessoas
A experiência proveniente da tribulação gera-nos esperança – Rm 5.4
Esperança depois da prova, é viva, fruto de experiência, multiplicada em relação à surgida com a conversão.

II – NADA NOS SEPARA DO AMOR DE CRISTO
Deus é amor – I João 4.8b
Tribulação – oportunidade das mais excelentes para experimentarmos o amor de Deus.

Pr. Gualter Guedes

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